Começamos 2022 com nossas rodas de conversas on-line com o grupo Mães de Santa. Mesmo depois de uma breve interrupção nos encontros por conta do recesso, o papo rolou solto: além da vacinação contra a Covid para as crianças, falamos sobre os diferentes métodos contraceptivos e do que a decisão por um ou outro método envolve. A conversa também passou por questões da vida profissional das mulheres, com desabafos sobre o trabalho por necessidade, muitas vezes distante daquilo que realmente queremos fazer na vida.
Um grande destaque do encontro foi a participação da Agente Comunitária de Saúde Inácia, do Posto Ernani Agrícola, que com muita eficiência, empatia e clareza, tirou várias dúvidas das mães sobre a vacinação das crianças contra a Covid.
Foi um dia com muitas trocas de informações e experiências.
Como uma das mães presentes disse: “Quando a maternidade chega, tanta coisa chega junto…“

O CECIP e o projeto Narrativas de Paz reforçam e apoiam a importância de vacinar as crianças contra a Covid. Vacina é saúde e portanto direito das crianças!

Um momento para ser acolhida como mãe ou/e como filha, para falar sobre apegos e desapegos, trazer a emoção e a história de amamentação e desmame vivenciada pelo grupo Mães de Santa, durante a oficina Desmame Gentil.
Na ocasião, a psicóloga com experiência em atendimento com gestação, parto e puerpério, Claudia Barcellos, conduziu, voluntariamente, uma roda on-line com espaço para escuta, pras histórias diversas e para os questionamentos pessoais.
O encontro foi realizado pelo projeto Narrativas de Paz, do CECIP, em parceria com o Posto de Saúde Ernani Agrícola e o Instituto Michel Odent. Após uma hora de conversa, o grupo saiu desejando mais momentos como esse, em que a gente se abraça, mesmo sem estar presencialmente uma ao lado da outra.

Nos dias 13 e 27 de outubro, tivemos a participação do artista visual Ed Cura nas atividades do projeto Narrativas de Paz com os grupos de Agentes Comunitários de Saúde do CMS Ernani Agrícola. As oficinas integraram os encontros com a temática sobre espaços para crianças nos territórios, contando com a fala do artista sobre sua atuação digital com o público jovem das favelas do Rio de Janeiro, seguida de atividade criativa e roda de conversa.
Ed Cura mostrou seu trabalho no Instagram, no qual divulga fotos de espaços urbanos, em especial de favelas cariocas onde inclui personagens de mangá que se relacionam com os temas emergentes em cada território.
O artista, que é frequentador do posto de saúde, se apresentou aos ACS numa conversa muito próxima, de quem conhece e dirige seu trabalho para o mesmo território. Em seguida, todos os participantes se apresentaram desenhando personagens que lhes representam ou que admiram, falando sobre o bairro, os lugares onde moram e os territórios onde atuam. A roda de conversa trouxe muitas reflexões sobre a infância na favela e o valor dos espaços para atividades culturais, artísticas e corporais que ampliam referências com a aprendizagem e o convívio entre os jovens.
No Instagram, em seu perfil Anime DICRIA (周辺アニメ), Ed Cura publica edições semanais do Jornal DICRIA, apresentando notícias sobre saúde, política, economia e cultura geral ao público jovem, por meio de suas criações visuais que inserem personagens de mangá e anime na vida real, relacionando suas características aos contextos abordados. O artista recentemente recebeu o Prêmio Edson Luís, da Secretaria Especial da Juventude Carioca (JUVRio) por sua atuação em midiativismo. E entre outros projetos de atuação social, está prestes a realizar o sonho de montar uma biblioteca comunitária com temática de mangá e HQs na comunidade do Fallet, onde mora.

Tem novidade rolando por aqui! A partir de setembro o Narrativas de Paz começou a realizar uma oficina mensal com o grupo Mães de Santa, para aprofundarmos assuntos que são abordados nas rodas de conversas semanais.
Nossa primeira oficina foi sobre os diferentes tipos de violências vividas pelas mulheres.
Pensando no contexto do território onde vivem, nas favelas do bairro de Santa Teresa, discutimos as violências estruturais vivenciadas no dia a dia como os tiroteios, lixo na rua, falta de acesso a serviços, entre outros.
No campo das relações afetivas, falamos da dificuldade de reconhecer o que é a violência psicológica, que muitas vezes não é percebida, e que pode persistir por muito tempo sem pedido de ajuda, ou acabar em violência física.
Também conversamos sobre aquilo que queremos numa relação e as respostas das mulheres foram: paz, esperança, amor, carinho, respeito, doçura e cuidado. Sim! Nós mulheres sabemos o que queremos!

O projeto Narrativas de Paz é uma realização do CECIP.

Da sala de aula à direção, cozinha e limpeza. Aprendemos junto com educadoras e educadores que toda a equipe que atua na creche, que trabalha na escola é fundamental para todo o processo de aprendizagem.
Em tempos de pandemia, nossos encontros com as  instituições de educação infantil de Santa Teresa, Creche e Pré-Escola Cantinho Feliz e EDI Heloísa Marinho, ocorreram por meio das telas, com muita experimentação, escuta e trocas, ainda que sem o abraço presente que a gente costumava dar. Por isso criamos estratégias para nos aproximar, como enviar materiais para a produção, textos, e apresentações visuais. E como toda festa pede um bolo, dessa vez o recado veio com a imagem e as palavras do Mestre Paulo Freire: “A educação não transforma o mundo, a educação muda pessoas e as pessoas transformam o mundo”.
Parabéns a todas as educadoras e educadores!