Saudade do amigo, do companheiro de trabalho e pensador que fez da sua inquietude o alimento para sua arte. Eduardo Coutinho faz falta todos os dias: no bate-papo despretensioso e inteligente, na abertura para ouvir o outro e fazê-lo crescer, na genialidade com que não julgava a verdade que lhe era confiada, ampliando a voz dos excluídos, dos marginalizados. “O som mais bonito é a voz humana”, dizia. Seu cinema é a celebração da sua existência no mundo, um existir que irradiou arte, humanidade, beleza e resistência. Sua obra segue atravessando gerações, mostrando uma escuta reveladora da diversidade, dos diferentes “Brasis”, diferentes pensamentos, comportamentos, cores, credos. Sua história, seu legado é a beleza que existe (e resiste) para sempre.
Eduardo Coutinho: 8 anos de saudade
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