Durante três meses, um grupo de estudantes da rede pública de ensino e de pré-vestibulares populares participou das oficinas online gratuitas do Poli.lab, um projeto do CECIP aprovado via emenda parlamentar. A proposta dos encontros foi conversar sobre a produção de conteúdos nas mídias digitais que se contrapõem ao empobrecimento do debate público com a influência de imagens estigmatizadas e likes gerados pelo fluxo dos algoritmos. A iniciativa aconteceu em parceria com o Instituto Idajo-JNLG, que atua no acolhimento e preparação de homens e mulheres negras para inserção nos espaços jurídicos de poder como estratégia de combate ao racismo estrutural.
No total foram 24 encontros e 3 convidados. Todos foram gravados e estão disponíveis no canal do CECIP no YouTube. Entre os assuntos estão: a criação de uma linguagem artística e visual nas plataformas digitais, ativismo e inteligência artificial.
No cerne da proposta metodológica do Poli.lab está o modo de fazer do CECIP e da TV Maxambomba, projeto pioneiro da década de 80. De lá pra cá, o CECIP passou a desenvolver outros projetos e hoje mantém ações de formação e mobilização social em 3 linhas: Cidadania global e educação para paz; Infância e incidência política; e Cultura, arte e tecnologia. Nesta última linha, onde se inclui o Poli.Lab, o CECIP se destacou em 2009 com o projeto Oi Kabum! Laboratórios de Cultura Digital, que proporcionou formação artística multimídia para cerca de 2000 jovens, residentes nas favelas e periferias do Rio de Janeiro, Grande Rio, incluindo Niterói, São Gonçalo entre outros municípios. Esta metodologia foi reconhecida pelo MEC em 2016 como uma referência nacional de Inovação e Criatividade na Educação Básica.