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“Uma história de Lindacy” é exibido no Festival do Rio 

Quinta-feira, 10 de outubro de 2024, ficará na memória dos Jovens Repórteres da Rocinha e de Lindacy Menezes, a personagem que motivou e deu vida ao curta-metragem exibido no Vídeo Fórum do programa Geração, do Festival do Rio. Na plateia, amigos de Lindacy e as  equipes do CECIP e do Ciep Ayrton Senna juntaram-se aos demais convidados dos mais de 10 curtas selecionados,  ovacionando o filme após a exibição. 

O documentário é inspirado no livro e na vida de Lindacy. “Destino Desviado” foi apresentado aos jovens do projeto no pátio do Ciep e foi aí que tudo começou. Da Rocinha para a telona do histórico  Cine Odeon, um percurso que envolveu dedicação, trabalho coletivo e persistência.

“Eu encontro anjos bons no meu caminho. Essas meninas e meninos (do Jovens Repórteres da Rocinha) foram anjos bons que a vida me deu. E ela só me deu por causa da minha insistência. Porque, quando escrevi meu livro, muita gente falava: ‘você tem que vender’. Mas eu penso que a gente tem que se doar. Ter doação. Não é só dinheiro. E esse pensamento me fez encontrar essa turma de estudantes que projetou minha história”, disse Lindacy,  minutos antes do curta ser exibido.  

Para os jovens envolvidos, a experiência vai muito além de uma conquista para o currículo. Durante o debate realizado após os filmes, Tomas Santos, de 17 anos, destacou o que mais chamou sua atenção ao conhecer a escritora e suas impressões durante o processo de filmagem:

“O que me chamou muita atenção na história da Lindacy foi que ela não conhece os pais. Me identifiquei logo de cara, porque não conheci meu pai. É muito inspirador ver a força de vontade dela de escrever e contar a sua história. Isso nos emociona bastante. Uma pessoa pequenininha com uma história tão gigante. Muito gratificante poder mostrá-la”, afirmou o estudante. 

O documentário revela as memórias de Dona Lindacy, que desde a infância convive com a lacuna de não saber quem são seus pais. Uma ausência que ela transformou em força criativa por meio  da escrita. Em seu relato, ela ensina a importância de lembrar e transformar a dor em arte, oferecendo uma lição sobre resiliência e sobre a necessidade de preservar a memória individual.

Segundo Noale Toja, coordenadora do projeto Jovens Repórteres da Rocinha e educomunicadora do CECIP, a seleção do filme representa um marco para o projeto e para os jovens envolvidos: “A inclusão deste filme no Festival do Rio reconhece o empenho dos jovens e valoriza histórias que muitas vezes ficam à margem. É uma oportunidade de mostrar que as favelas estão repletas de narrativas potentes.”

O projeto Jovens Repórteres da Rocinha integra o Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, com apoio da Fiotec e Fiocruz. Desde 2023, estudantes do Ciep têm participado de oficinas de comunicação comunitária  para produzir informações sobre saúde integral  que impactem positivamente seu entorno.

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