Conflito é diferente de violência. Esta lição, aparentemente simples, ainda é pouco compreendida em ambientes escolares, onde a cultura da hierarquia e da punição produzem relações tensas e graves problemas de intolerância e incompreensão entre os alunos, e também com seus professores e a direção. A Justiça Restaurativa, aplicada à Educação, pode ser uma resposta eficaz a tamanho desafio.
O livro Paz em movimento é um mergulho profundo e emocionante nos dois primeiros anos do projeto Jovens e seu potencial criativo na resolução de conflitos. Cerca de 750 alunos de 50 escolas do Rio de Janeiro se envolveram em diversas atividades para repensar as relações de conflito e violência no ambiente escolar. Professores e diretores também participaram. Em relativamente pouco tempo, os resultados começaram a aparecer. “O que nós decidimos fazer com o conflito é o que pode se tornar violência, ou não”, comenta um jovem. “Conhecendo melhor meus alunos, posso conviver com nossos conflitos”, aprendeu um professor. “Escutar muito foi a única maneira para ensinar a escutar. Ainda bem que os jovens me ensinaram isso”, disse uma facilitadora do CECIP. Além de diversos depoimentos, o livro apresenta em detalhes toda a metodologia que orienta o trabalho, o histórico da Justiça Restaurativa no Brasil, as dinâmicas utilizadas nas escolas, as ações e os vídeos produzidos pelos jovens e uma análise dos resultados obtidos. O prefácio, “É possível fazer diferente”, é assinado por Luiz Eduardo Soares, ex-secretário nacional de Segurança Pública.
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O projeto “Jovens e seu potencial criativo na resolução de conflitos” é uma realização do CECIP com patrocínio da Petrobras e apoio e parceria da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro (SME).