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Rio ganha 128 unidades de saúde e educação Amigas da Primeira Infância

A certificação de 128 Unidades Municipais de Saúde e Educação como Unidades Amigas da Primeira Infância (UAPI) foi realizada na última quarta-feira,  21 de junho, num evento na Cidade das Artes, Rio de Janeiro (RJ). Este projeto é uma iniciativa do Unicef, em parceria com as prefeituras de mais cinco capitais brasileiras – Belém, Fortaleza, Recife, Salvador e São Luís. O CECIP esteve presente, com a consultora pedagógica Maria Lucia Lara, a psicóloga Simone Valadares e o diretor-executivo Claudius Ceccon.

Além de autoridades das secretarias municipais de Saúde (Renato Cony -subsecretário municipal de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde do Rio de Janeiro), de Educação (secretário Renan Ferreirinha) e de Assistência Social (secretário Adilson Pires),  representantes de organizações internacionais, como a World Forum Organization (WFO), também compareceram. O CECIP fez parte do Comitê Científico, com Maria Lúcia, Simone e Claudius, assim como outros especialistas, cuja missão era apoiar com metodologias e ações voltadas ao acompanhamento, mensuração e aprimoramento de resultados na Educação Infantil.

Com a certificação, fecha-se o primeiro ciclo desta jornada, que apresentou dois grandes diferenciais em relação às cidades de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador e São Luís: a primeira foi a inclusão da Secretaria de Assistência Social como parceira e a segunda foi a grande adesão de 234 unidades municipais de saúde, 12 de educação e uma de assistência social (com o projeto piloto no CRAS de Acari).

As unidades reconhecidas avançaram em indicadores que apontam a melhoria dos serviços na atenção às gestantes, aos bebês e às crianças em seus primeiros seis anos de vida. Neste processo, que teve duração de 18 meses, 128 unidades conseguiram alcançar as metas. Dentre essas, 117 oferecem serviços de saúde e 11 são unidades de Educação Infantil.

Em seu discurso, Luciana Phebo, coordenadora do Unicef para os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, destacou o trabalho essencial de cada parceiro comprometido com a Primeira Infância:

“Investindo em serviços, investimos nas crianças de forma diferenciada, investindo nos professores, nos profissionais da saúde, tendo como parceria estratégica o governo municipal. O Rio “causou” na UAPI. Não existe outra capital que tenha feito maior número de adesões e unidades certificadas. Essa turma da saúde, da assistência, da educação tem muito potencial. Aprendemos muito também com o CECIP e a WFO, revendo métricas a partir de um olhar de alto compromisso com a infância e trabalhando todos juntos, Unicef, prefeitura e sociedade civil. E ainda tivemos o apoio de empresas como a Roche Farma Brasil. Porque é dever de toda sociedade zelar pelo cuidado das nossas crianças”.

No que se refere aos indicadores relacionados à educação infantil, foram avaliados diversos critérios em relação a cinco dimensões do trabalho de rotina com crianças: 1) planejamento institucional; 2) multiplicidade de experiências e linguagens; 3) promoção da saúde; 4) cooperação e troca com as famílias, acesso à matrícula e monitoramento da frequência; 5) acompanhamento dos casos de violência infantil e desenvolvimento e aprendizagem das crianças com deficiência.

Para Simone Valadares, “participar do Comitê científico, coordenado por Daniela Brum (Unicef), ao lado de uma equipe potente, foi uma experiência gratificante de oportunidades para aprender, trocar e criar vínculos”.

“O compromisso das unidades com o projeto UAPI proporcionou um momento de parar e “olhar para dentro” e em equipe, ressalto aqui a importância do trabalho intersetorial nas unidades, ter a vontade é a oportunidade de construírem parcerias, novas ideias, fazeres diferentes com melhorias relevantes para o dia a dia do trabalho com as crianças e suas famílias. Foi gratificante saber, por exemplo, o sucesso da vacinação das crianças na creche, uma parceria das equipes de saúde e educação, fortalecendo a ação do PSE (Programa Saúde na Escola)”, afirmou Simone.

Maria Lúcia Lara compartilha o orgulho. Pra ela, ter integrado o Comitê Científico foi emocionante já que teve a oportunidade de rever e trabalhar com práticas metodológicas que marcaram sua trajetória de mais de 40 anos na Educação Infantil.

“Tenho uma relação de afeto com o instrumento utilizado pelas unidades de Educação. Participei do desenvolvimento do material pedagógico que foi utilizado quando ele ainda estava sendo testado, e, depois de pronto, o utilizamos em 11 creches da Rocinha por ocasião do Projeto De Mãos Dadas. E agora, ele foi utilizado na rede municipal. Pude então testemunhar o impacto e os resultados importantes para a qualificação das unidades de Educação que atendem a Primeira Infância”, comemora.

O investimento na qualificação dos profissionais e o fortalecimento do trabalho intersetorial foram apontados como grandes ganhos dessa experiência, cuja excelência, presente no percurso e nos frutos, abre portas e expectativas para uma próxima e segunda edição recheada de reencontros, aprendizados e expertise.

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