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Educação Antirracista: diferentes áreas caminhando juntas

A promoção da educação antirracista desde a primeira infância é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Por meio dos seus projetos voltados para as crianças e para profissionais que trabalham na educação infantil, o CECIP Centro de Criação de Imagem Popular vem estimulando uma abordagem intersetorial que considere as diversidades, destacando a importância dessa prática na transformação de paradigmas e na promoção da equidade racial.

No mês da consciência negra, a organização participou de um seminário, em São Paulo, promovido pelo Programa Mosaico de Primeira Infância e Equidade Racial, uma coalizão de 11 organizações que desenvolvem ações voltadas para a equidade racial. A coalizão é uma iniciativa da Organização global Porticus. 

Na ocasião, a coordenadora de projetos do CECIP, Gianne Neves, e a mediadora Fabrícia do Nascimento apresentaram o projeto Narrativas de Paz, explicando como a iniciativa uniu acesso a direitos e práticas antirracistas em sua atuação. “Primeira infância – uma experiência intersetorial entre educação, saúde e território” foi o tema da apresentação, que compôs a mesa “Práticas de Desenvolvimento na Primeira Infância”. 

“A promoção da equidade racial desde cedo contribui para a formação de uma nova geração que valoriza a diversidade e reconhece a importância do respeito mútuo. É necessário investir na formação de educadores para promover práticas antirracistas e criar ambientes acolhedores. Educação antirracista não é apenas sobre combater atitudes discriminatórias, mas também sobre promover a valorização da diversidade e o reconhecimento da contribuição de diferentes grupos para a construção da sociedade, é vivenciar na prática diária os valores civilizatórios afro-brasileiros”, destacou Fabrícia do Nascimento.

O projeto apresentado no evento da Porticus foi realizado no bairro de Santa Teresa, na cidade do Rio de Janeiro, a partir de 2019. O princípio e o método focaram no exercício da cultura de paz em atividades com famílias, profissionais da saúde e da educação do bairro. Um dos objetivos foi o fortalecimento comunitário, tendo a criança como prioridade.

Posteriormente, foi realizado no território do Santa Marta, em Botafogo, em três creches: Casa Santa Marta, CEPAC e Mundo Infantil. O projeto atuou de forma intersetorial com a Clínica da Família de Botafogo.

“Realizamos encontros formativos com os agentes comunitários de saúde abordando as temáticas antirracistas, equidade de gênero e cultura de paz em comunidades conflagradas”, acrescentou Fabrícia.

Ações voltadas para a Equidade Racial ao longo do tempo: Campanha Direitos São Para Valer

Em 2003, o CECIP lançou a campanha ‘Direitos São Para Valer!’, em parceria com a Fundação Cultural Palmares e o Ministério da Cultura, uma das primeiras ações contra o racismo nas escolas, que marcou a implementação da Lei 10.639/2003. 

Com a Lei 10.639, que passou a exigir o ensino de História e Cultura Afro-brasileira nas escolas, o CECIP reuniu um time de especialistas para pensar e produzir vídeos e materiais informativos para serem usados em sala de aula e mobilizar a turma de estudantes sobre o tema. A concepção era de que a escola não é a única responsável pela consolidação de estigmas, mas pode e deve evitar a expansão da discriminação e do preconceito.

O manual ‘Pele Escura, Estrada Dura, Beleza Pura’ ajudou educadores com propostas de atividades voltadas para a desconstrução do racismo na linguagem e a valorização das heranças africanas.

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Redução das desigualdades
Cidades e comunidades sustentáveis
Consumo e produção responsáveis
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Paz, justiça e instituições eficazes
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